Embaixadora expõe sobre Mulheres Paraguaias Empreendedoras

Na manhã de quarta-feira 27 de junho, a Embaixadora María José Argaña participou como convidada especial no workshop “Arte e Empreendedorismo no Feminino” organizado pela Casa da América Latina, a Associação de Mulheres Empresárias Europa – África e a UCCLA – União de Mulheres as Capitais de Língua Portuguesa, na sede da Casa da América Latina, em Lisboa, que contou com a participação de várias personalidades que vêm desenvolvendo um papel relevante no setor cultural e empresarial a nível local e internacional.

Ante um auditório lotado, a Embaixadora María José Argaña iniciou sua apresentação, enfatizando a situação das empresárias paraguaias de PMEs e de microempreedimentos, no âmbito do primeiro painel “A Arte, é um negócio sério?” . A diplomata partilhou com o público quais são os principais desafios e as oportunidades que têm as empresárias paraguaias, tendo em consideração o contexto histórico, cultural e social do país.

Nesse sentido, ressaltou que após a Guerra da Tríplice Aliança, que terminou com quase 90% da população masculina, houve uma mudança social: a mulher paraguaia assumiu o papel de chefe de família e teve a tarefa de reconstruir a nação. Explicou que esse acontecimento histórico forjou o espírito empreendedor das mulheres paraguaias e que no país é recorrente ouvir a expressão “Kuña Guapa”, quando se faz referência a uma mulher trabalhadora.

A Embaixadora partilhou também a sua experiência como ex-ministra da Mulher no Paraguai e, por outro lado, apontou 7 barreiras ou obstáculos que impedem o progresso efetivo no universo empresarial e a necessidade de promover políticas públicas de apoio ao empoderamento económico da mulher, que é um dos principais mecanismos de luta contra a pobreza. Também partilhou sugestões e conselhos para avançar e alcançar o sucesso profissional nos empreendimentos.

Ressaltou ainda que, no final de abril deste ano, no Paraguai foi instituído o Prémio DINAPI – Direção Nacional de Propriedade Intelectual, que foi concedido a mulheres que são arquitetos de mudanças em diversas áreas tais como: interpretação, inovação empresarial, gastronomia, pintura, dança, edição, vestuário, ciência, história, direção cinematográfica, atuação, inovação na tradição, música (cantoras/intérpretes/compositoras), literatura, escultura e comunicação, constituindo-se um avanço no reconhecimento das mulheres empreendedoras nos diversos âmbitos.